Recicleiros fecha parcerias para promover mudança de comportamento para reciclagem

O Brasil recicla hoje apenas 4% de seus resíduos sólidos, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Esse percentual está muito aquém dos 16% vistos em países como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, cuja faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico são semelhantes, conforme dados da International Solid Waste Association (ISWA).

Fato é que esse baixo índice de materiais que voltam para a cadeia produtiva nas indústrias passa diretamente pelos hábitos arraigados dos brasileiros, que ainda misturam orgânicos com materiais recicláveis, e pouco destinam seus resíduos para a coleta seletiva. Portanto, sem dúvida, é preciso avançar de forma significativa na mudança de comportamento dos cidadãos, sobretudo no que diz respeito à reciclagem. 

Dentro deste cenário, o Instituto Recicleiros, ciente de sua vocação laboratorial e alinhado com seu compromisso com a sociedade brasileira, tem testado novos caminhos para facilitar a educação ambiental e contribuir para a expansão perene e gradual da coleta seletiva e reciclagem no país. Por isso, tem trabalhado em parceria com outras instituições comprometidas com o mesmo propósito: a mudança de comportamento das pessoas em benefício da reciclagem.

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Hoje, Recicleiros desenvolve atividades junto a outras duas instituições que servem a essa mesma causa: Delterra e Espaço Urbano. O objetivo é unir esforços, trocar experiências práticas e insights, e testar em uníssono novas possibilidades, a fim de fomentar a cultura da reciclagem por meio de novos hábitos e atitudes.

“Estamos unindo esforços de olho na mudança de comportamento das pessoas, inclusive para aumentar o volume de massa de recicláveis dentro das cooperativas incubadas por Recicleiros, gerando mais renda para os cooperados. Delterra e Espaço Urbano estão fazendo trabalhos parecidos, então, por que não unir para potencializar os resultados?”, diz Luciana Ribeiro, analista de projetos do Instituto Recicleiros.

Duas parcerias e novos testes e abordagens

Cada parceria tem as suas particularidades e seus objetivos específicos, embora todos estejam alinhados com a mudança de comportamento. E cada uma funciona em um território diferente: Guaxupé (MG) e Piracaia (SP), todas cidades nas quais operam uma Unidade de Processamento de Materiais Recicláveis (UPMR) em fase de incubação por Recicleiros.

A união com Delterra tem como território base a cidade de Guaxupé (MG), e a proposta é desenhar um modelo de ação amparado na experiência do usuário. Isso envolve pesquisa de campo, testes, entrevistas presenciais e online para a criação de uma campanha de comunicação massiva em favor da reciclagem. 

Neste momento, o conceito criativo da campanha está pronto, e o passo seguinte é testar em um microterritório, que pode ser um bairro ou uma rota de coleta, para avaliar a efetividade e eventualmente adaptá-lo para que seja expandido em todo o município mineiro. Vale citar que Delterra e Recicleiros são apoiadas pela AEPW, Alliance to End Plastic Waste.

“É um prazer para a Delterra unir forças com um parceiro consagrado e apaixonado como a Recicleiros, temos tanto em comum. Através da troca de aprendizagens e experiências em mudança de comportamento e outras áreas relacionadas com a gestão de resíduos, a nossa esperança é encorajar a expansão deste tipo de projeto, que beneficia tanto o ambiente como as comunidades locais”, diz Federico Di Penta, Diretor Regional da América Latina.

Com relação a Espaço Urbano, que iniciou as ações no município de Piracaia (SP), a abordagem é diferente, vai por outro caminho, mas tem o mesmo fim: a mudança de comportamento. A metodologia testada é atrelar a reciclagem a assuntos diversos, utilizando a gamificação, ou seja, a partir de mecanismos e dinâmicas para motivar e, ao mesmo tempo, ensinar as pessoas de forma lúdica. Por exemplo, os munícipes são incentivados a doar seus recicláveis a fim de ajudar a causa animal – os materiais recicláveis valem ração para atender cães de rua.

Além disso, a Espaço Urbano não dialoga diretamente com os consumidores, mas trabalha junto a influenciadores sociais, como religiosos, líderes sociais, com a ideia que eles sejam multiplicadores da mensagem e possam impactar as pessoas que estão ao seu redor em favor da reciclagem. Assim, a organização não mobiliza pessoas, mas forma mobilizadores.

Criação de novos hábitos em Campo Largo

Em Campo Largo (PR), a startup so+ma, especializada em engajamento do consumidor, e tendo como base princípios da ciência comportamental e tecnologia, soma com o Instituto Recicleiros, mudando os hábitos dos cidadãos e trazendo mais volume e de qualidade para a unidade local do Recicleiros. 

Presente em quatro estados brasileiros, o programa so+ma vantagens reconhece as atitudes socioambientais do participante oferecendo benefícios e promovendo a economia circular na prática. A parceria com o Instituto Recicleiros se concretizou por meio da SIG, patrocinadora semente de Recicleiros, que oferece soluções para embalagens cartonadas assépticas, e grande apoiadora das duas organizações.

A ação em Campo Largo (PR), que tem também o apoio do Governo do Paraná e Prefeitura de Campo Largo, atua em duas frentes: com uma unidade de recebimento chamada casa so+ma e aprendizagem na prática em escolas. A casa so+ma é um ponto de recebimento onde os munícipes trocam seus recicláveis por pontos que podem ser convertidos em benefícios como alimentos, itens de higiene, cursos, entre outros produtos.

Em ação com escolas municipais, os alunos levam seus recicláveis, são cadastrados, acumulam créditos e podem trocar por materiais escolares, brinquedos, ingressos de cinema e vale-cultura.    

Todo o material recebido através do  programa so+ma vantagens é doado para a Recicla Campo Largo, cooperativa incubada pelo Instituto Recicleiros por meio do Programa Recicleiros Cidades. Em menos de doze meses, já foram quase 90 toneladas de recicláveis recebendo destinação correta através do programa com engajamento da população.

Reciclagem tem gênero?

“A nossa vida é tão corrida, que a gente precisa de tempo pra tudo. Eu que sou mãe de família, esposa e dona de casa e ainda trabalho fora, assim que acordo tenho que preparar o café, arrumar e levar meu filho pra escola e só depois ir para o trabalho. Tudo isso leva tempo. Aí quando a gente pega o lixo, é mais fácil jogar tudo em um lugar só”.  Nós entendemos a correria da dona Ângela (nome fictício) e como a vida dela é tomada de atividades, que vão além da sua profissão de auxiliar de serviços gerais. Mas a princípio queremos dizer para ela, que reciclar é simples e fácil (vamos explicar sobre isso no decorrer deste artigo), mas ela não precisa ser a única responsável por esta atividade.

Mas primeiro vale esclarecer de onde surgiu esta fala da dona Ângela, de 40 anos, que reside no estado de Pernambuco. Ela foi uma das entrevistadas de uma pesquisa realizada pelo Vox Lab - que é um laboratório de pesquisas e produção de conhecimento do Instituto Recicleiros para a mudança de comportamento para a reciclagem. Sua principal missão é gerar dados e indicadores para acelerar a curva de adesão da população aos sistemas de coleta seletiva e promover o aumento das taxas de reciclagem no país. A proposta é também suprir uma demanda latente por conhecimento, que possa ser replicada e ajude iniciativas ao redor do país, inclusive na construção de políticas públicas de gestão de resíduos sólidos.

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Foram nestas entrevistas, realizadas em três municípios de três estados brasileiros, entre eles Pernambuco, que um fato nos chamou a atenção e abriu um leque de questionamentos. Descartar os resíduos recicláveis é uma atividade doméstica, que sobrecarrega ainda mais as mulheres? Vale aqui a definição de atividade doméstica, também denominada de “economia do cuidado”, que é um conjunto de ações não remuneradas, geralmente exercidas por mulheres, como a limpeza e organização da casa, preparação de alimentos e os cuidados com crianças, idosos, entre outras ações.

Mas vamos voltar à pesquisa que nos direcionou para a problematização sobre os atores sociais da reciclagem. Vamos trazer mais três falas que levantamos nesta pesquisa. É a minha mãe que cuida do lixo”, disse o auxiliar de pedreiro, de 22 anos, que reside no estado do Mato Grosso do Sul. "Eu peço para a moça que trabalha comigo separar”, afirmou o comerciante, de 79 anos, que também mora no estado do Mato Grosso do Sul. Por fim, não menos importante para este contexto de análise, a fala da dona de casa, de 38 anos, da Paraíba. “Eu que faço o serviço de casa, então eu que sou a responsável pela separação do que é reciclável. Eu coloco em um saquinho separado.” 

Sobre a pesquisa, ainda vale pontuar uma situação vivenciada pelos nossos entrevistadores, que tem muito a ver com a temática deste artigo. Quando as pessoas abordadas eram do gênero masculino, assim que informadas que o tema da entrevista seria sobre reciclagem, na maioria das vezes, a esposa, ou a mãe ou a irmã e até mesmo a empregada doméstica, eram chamadas para responder às perguntas. Era quase como nos dizer: este assunto é de mulher.

Por isso, a pergunta “Reciclagem tem gênero?  Não trazemos uma resposta pronta para o título deste artigo. Mas, precisamos sim, pensar a reciclagem na perspectiva de gênero. A diretoria da rede global GenderCC – Women for Climate Justice, Gotelind Alber, especialista em políticas climáticas e sua relação com a questão de gênero, afirma, em uma entrevista na Revista Humboldt Brasil, que no debate sobre o meio ambiente, já se aborda a “feminização da responsabilidade ambiental”. Isso significa que as pessoas que são geralmente responsáveis pelos trabalhos que envolvem cuidados – em sua maioria, mulheres – ficam sobrecarregadas com tarefas adicionais. E, segundo ela, são justamente as mulheres que não têm praticamente nenhum horário livre, que assumem as maiores tarefas da sustentabilidade na vida cotidiana.

Precisamos aprofundar nossas pesquisas para este olhar da “feminização da responsabilidade ambiental”, citado pela cientista Gotelind Alber. E vamos fazer. Até lá, com o direcionamento do conhecimento que temos até aqui, precisamos falar do quão importante é reciclar e se não tivermos corresponsabilidades neste propósito, não vamos conseguir sair do patamar de reciclagem de apenas 4%, que se configura no contexto brasileiro atual.

A responsabilidade de fazer a gestão dos resíduos domésticos, separando o que é reciclável e destinando de forma correta, não pode ser uma obrigação só das mulheres. Tem que ser um compromisso de quem habita este planeta. E, além disso, ela tem que ser internalizada em todos os momentos da nossa vida. No trabalho, nos eventos sociais, nas nossas viagens e por todo canto onde vamos e geramos resíduos. Se eu não faço em casa essa tarefa, a chance de não fazer em outros locais é muito grande. Se eu misturo para alguém separar depois, a chance de não acontecer também é enorme.

E retornando à fala da dona Ângela, quando ficamos de explicar que reciclar é fácil e rápido, vamos falar de uma organização simples. Comece colocando duas lixeiras uma ao lado da outra e tenha atenção na hora de descartar. O que é reciclável vai para uma, o que não é, vai para a outra. Se na sua cidade tiver coleta seletiva é só colocar para fora no dia e horário certos. Caso contrário, procure a Prefeitura e se informe qual é a maneira mais fácil de destinar seu recicláveis.

Mas, para que isso vire um hábito dentro de casa, é preciso o comprometimento de toda família. Depois que todos entenderem a importância deste ato tão simples, podemos evoluir no debate das ações que promovem uma reciclagem inclusiva e ambientalmente correta. 

O que nos cabe agora é falar da responsabilidade compartilhada – termo que vem da nossa Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.3035/10), que se refere às atribuições que são desempenhadas por todos os participantes envolvidos no processo produtivo, desde a fabricação de um produto até sua destinação final. Mas vamos trazer este termo para dentro de casa: compartilhada também no sentido de que é uma responsabilidade de todos os gêneros – uma ação de comprometimento planetário, que só vai evoluir quando todas e todos fizerem a sua parte.

As políticas públicas devem fomentar este processo com narrativas que abordam o tema da divisão das responsabilidades ambientais. Um assunto que também perpassa pelo escopo e direcionamento da Educação Ambiental, que precisa sim de uma abordagem de gênero nesse compromisso de mudança de comportamento para a reciclagem.

E no final, o que a gente quer dizer para dona Ângela, é que reciclar não pode ser mais uma sobrecarga de trabalho para a vida dela que já é tão atribulada. Precisamos de um caminho que promova a igualdade de gênero nos deveres e compromissos com a regeneração planetária, que, com certeza, passa por alavancar o índice de reciclagem no Brasil.

Reciclar não pode ter gênero. 

Reciclar é cidadania.

Vox Lab une inovação, pesquisa e prática diária para promover mudança de comportamento para reciclagem

Envolvendo três áreas do Instituto Recicleiros, o Vox Lab tem como objetivo gerar inteligência para incentivar a mudança de comportamento entre os cidadãos brasileiros. A partir da execução de ações de comunicação e engajamento, coleta e análise de dados, a iniciativa quer acelerar o ritmo de adesão da população ao descarte seletivo e compartilhar conhecimento de maneira aberta.

A inovação e a geração de conhecimento a partir da prática (e também do erro) já é algo que faz parte do DNA do Instituto Recicleiros. Em uma área ainda tão incipiente no Brasil como é a reciclagem, esse posicionamento maker e laboratorial a que Recicleiros se propõe, encontra uma demanda latente por conhecimento que possa ser replicado e ajude iniciativas ao redor do país a alavancarem seus resultados. 

“Por sermos pioneiros em nossa área de atuação, essa postura de testar e aprender com a prática deixa de ser uma opção e passa a ser uma necessidade. A demanda por conhecimento existe e alguém tem que ir a campo testar, descobrir como as coisas funcionam para então sistematizar e difundir o conhecimento”, afirma Erich Burger, diretor institucional do Instituto Recicleiros.

Agora, imagine só unir essa frente de inovação, tão presente no cotidiano Recicleiros, com pesquisa científica para produzir conhecimento, criar procedimentos sistemáticos e aprimorar processos internos? E mais: com base nesses estudos, gerar um arcabouço de conhecimento que pode se tornar conteúdo de referência para dividir com o mercado? 

Pois bem, a união de inovação e pesquisa para mudança de comportamento formata um pouco do que se denominou Vox Lab.

Pesquisa de campo junto à população.

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O principal objetivo do Vox Lab é descobrir como incentivar a mudança de comportamento para a reciclagem e, assim, aumentar o volume de materiais recicláveis coletados nas cidades, não apenas onde está o Programa Recicleiros Cidades, mas também em outros municípios, já que esse conhecimento será aberto. 

Acelerar essa curva de adesão da população aos sistemas de coleta seletiva é mandatório para atender a urgente demanda por aumento das taxas de reciclagem no país. Uma demanda que é ambiental, econômica e social, já que cooperativas de catadores dependem do volume de material que chega às unidades de triagem para garantir o sustento dos catadores e a viabilidade econômica de suas cooperativas.

Mas não apenas. A verticalização dessa curva de resultados da reciclagem nas cidades é de grande interesse do setor empresarial, que investe em sistemas de logística reversa, como é o caso do Programa Recicleiros Cidades, e precisam de volumes crescentes de materiais pós-consumo para produzir produtos e embalagens mais sustentáveis.

Apesar do conceito de aprendizagem intrínseco ao que é Recicleiros, Vox Lab nasceu como projeto em 2021, com o aporte do patrocínio semente da SIG Brasil. Lá começaram os primeiros passos no sentido de organizar uma metodologia de atuação que pudesse aproveitar a diversidade formada pelos municípios do Programa Recicleiros Cidades, e com isso gerar informação valiosa para superar esse grande desafio que é mobilizar pessoas tão diversas, em locais tão diferentes, a fazer a mesma coisa: separar seus recicláveis.

Desde o ano passado, o projeto ganhou força com a formação de um núcleo dedicado de pesquisa e a composição de um squad junto com as áreas de Mobilização Social e Serviços de Marketing.

Conscientização das pessoas em eventos é parte da estratégia de comunicação.

“Com um cronograma integrado e um planejamento específico, pudemos unir forças e priorizar ações que vão nos levar a respostas mais precisas e rápidas. Queremos que essa diversidade cultural e de público que nossas cidades oferecem nos alimente como conhecimento para acelerar os benefícios sociais e ambientais da reciclagem”, destaca Tamires Lavor, gerente de comunicação do Instituto Recicleiros.

O que tem acontecido é a fusão do lado empírico, que já acontecia na prática diária, com o olhar científico. “Hoje, vejo o Vox Lab em dois parâmetros. Primeiro, a pesquisa aplicada, que é o debate com o Programa Recicleiros Cidades. Com base nas informações coletadas, o que vamos aplicar na prática. Segundo, a análise acadêmica, ou seja, o que vamos transformar em produção científica para discutir com a Academia”, conta Mônica Alves, pesquisadora do Instituto Recicleiros.

Vox Lab: conexão de três áreas que trabalham em sintonia e parceria

“É interessante que o Vox Lab tem uma atuação circular, ele não termina, vai se retroalimentando. Está tudo muito interligado”, acrescenta Mônica.

Enquanto o departamento de Mobilização Social promove ações diárias de engajamento nas cidades onde o Programa Recicleiros Cidades está presente, a área de Pesquisa ocupa-se em levantar e analisar dados desses territórios de maneira transversal. A partir dos insights gerados, o time de Marketing propõe soluções e campanhas para públicos específicos.

Vox Lab é um movimento natural de aprendizagem que acontece nos municípios em que trabalhamos e, principalmente, no espaço que existe entre esses municípios que é a correlação de dados desses diferentes territórios. O conhecimento que podemos gerar com as experiências realizadas nessas localidades pode nos ajudar a definir modelos de interação com a sociedade que abreviem a jornada da mudança de comportamento. Isso, no fim, é redução do custo da tonelada reciclada e aumento de renda e qualidade de vida para catadores.

Programa Recicleiros Cidades pelo Brasil.

Nossa missão com esse projeto é aprender para compartilhar conhecimento.

“O Vox Lab é uma mistura, uma soma de esforços dessas áreas. As soluções são feitas em conjunto, é algo vivo, que vai acontecendo nas praças. Envolve orientação e engajamento da população para o aumento das taxas da reciclagem, campanhas de conscientização, pesquisa para entender o que está acontecendo, e desenvolvimento de novas soluções, não necessariamente nessa ordem, mas sempre em aprendizado e desenvolvimento constante. Esse todo forma o Vox Lab”, explica Tamires.

“Esse trabalho é inédito, primeiro porque estamos trazendo o acadêmico para próximo, o que é essencial. Ter a facilidade de testar in loco, sem dúvida, é um diferencial. O Vox Lab faz, mede e devolve as ações com melhorias, e isso é muito positivo. Por último, estamos falando de uma ação feita por uma equipe multidisciplinar, e decisões baseadas em dados”, afirma Carolina Martinelli, coordenadora de marketing de Recicleiros.

Os benefícios do Vox Lab

Ação nas ruas de Serra Talhada (PE).

Com o Vox Lab, o Instituto Recicleiros tem a oportunidade de gerenciar um grande volume de informações geradas a partir do Programa Recicleiros Cidades. E transformar essas informações em conhecimento. Eis um dos muitos benefícios gerados na ponta.

“Temos um mesmo Programa em várias regiões do Brasil, e conseguimos levantar esses dados e comparar a partir de vários indicadores. Isso é muito rico tanto para a Academia, que se baseia em dados científicos, quanto para o Instituto aperfeiçoar as ações internas. Podemos evoluir o nosso Projeto, e gerar conhecimento para outras ações de políticas de gestão de resíduos. É algo inédito no Brasil”, diz Mônica.

Todo esse conhecimento acumulado tem um grande objetivo: promover mudança de comportamento para a reciclagem, que abrange também a coleta seletiva, a incubação de cooperativas, dentre outros assuntos correlatos.

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